Saiba como funciona a doação de órgãos no Brasil

A doação de órgãos pode salvar muitas vidas, por isso, é importante entender como funciona o procedimento em nosso país. O sistema de captação e doação de órgãos no Brasil obedece a regras rígidas dentro das instituições de saúde. A legislação em vigor, determina que a família será a responsável pela decisão final da doação quando há constatação de morte encefálica. Por isso, para ser um doador, não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar a família o desejo da doação. A informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade, não tem mais valor.

Os órgãos que podem ser doados em vida são: um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões. Para esta doação, o médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Informe a sua família se seu desejo é doar seus órgãos. Esta atitude pode salvar muitas vidas.

Fila de transplantes

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

Os pacientes da fila de transplantes são classificados de acordo com grupo sanguíneo, peso, idade e altura do doador. Outro fator levado em consideração é o tempo de espera: quem chegou primeiro e tem compatibilidade com o doador, recebe o órgão. A retirada de órgãos e tecidos de pessoas falecidas só é realizada quando há a constatação de morte encefálica do paciente por dois médicos, além de autorização do parente mais próximo, por isso, para ser um doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar a família o desejo da doação.

Brasil é referência em transplantes

Referência mundial no campo dos transplantes, o Brasil realiza 95% dos procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do maior sistema público de transplantes do mundo. Importante ressaltar que o país se destacou mundialmente em número e em qualidade de registro de doadores voluntários de medula óssea, passando de 30 mil doadores para 3,2 milhões de doadores nos últimos dez anos, porém é preciso aumentar este número já que a compatibilidade de medula é determinada pela genética e a chance de encontrar um doador compatível com um paciente é em média 1 em 100 mil.

O Brasil conta com uma rede integrada de serviços de transplantes. Os cadastros realizados na lista única de receptores, são separados por órgãos, tipos sanguíneos e outras especificações. Após o cadastro de um órgão para doação, a central de transplantes do estado é comunicada e através do seu registro de lista de espera, seus receptores mais compatíveis são selecionados.